Vila Sônia reage contra projeto de rodoviária
quarta-feira, 31 de outubro de 2012Os moradores da Vila Sônia, na Zona Sul de SP, se organizaram para impedir a construção de um terminal rodoviário na região, que vai desapropriar 74 imóveis particulares, em um espaço de 16,9 mil metros quadrados. O início das obras está previsto para 2014.
Segundo a SPTrans, um dos órgãos responsáveis pelo projeto, o terminal será intermunicipal e estadual com 250 ônibus e vai atender a uma demanda diária de 28 mil passageiros. O objetivo é ligar a Vila Sônia com a região Sul do país por meio da rodovia Régis Bittencourt e da rodovia Raposo Tavares.
Além da rodoviária, está prevista a construção de uma estação da Linha 4 – Amarela, do Metrô, e de um terminal urbano no bairro. A empresária Flávia Marques é dona de um imóvel há 40 anos na Vila Sônia. Além de temer a desocupação, ela está preocupada com o trânsito.
“A Vila Sônia não comporta um terminal rodoviário, imagina dois. Estamos ao lado de importantes rodovias, o que já é um caos, ressalta.
Para o empresário Miguel Arcanjo, 57, o bairro precisa ser atendido em outras áreas. “Precisamos de hospitais e creches. O impacto dessa obra para os moradores será enorme”, comenta. Já para a cineasta Bruny Marques, de 27 anos, o investimento no transporte é desnecessário.
Associação/ Flávia, Miguel e Bruny integram o grupo Rede Butantã, uma organização que conta com a participação de diversas entidades sociais para discutir os problemas da região. A entidade entrou com uma representação no Ministério Público para barrar o projeto, uma vez que não houve participação dos moradores. O grupo vai se reunir hoje às 19h para discutir quais ações vão tomar. A Prefeitura de São Paulo não respondeu as perguntas enviadas pela reportagem sobre o projeto e as reclamações.
Fonte: Diário de S. Paulo
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